DOM CATURRO
(para Anna Capitolina Bovary)

Se o amor é o mar,
eu sou o náufrago.

Por isso
me parto,
me perco,
me afogo,
me mutilo,
me quebro,
me estropio.

Se o amor é o mar,
eu sou o náufrago.

Por isso
me jogo,
me atiro,
me arremesso,
me desembesto
na água salgada:
voluptuosamente!



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