Os ritos processuais da guerra de rapina variam pouco. Interesses econômicos na frente; notícias falsas, soldados e caças no campo de batalha. Afeganistão, Iraque, Haiti. Na Líbia não é diferente. Passados cento e trinta dias do início dos ataques ao país norte africano, a verdade brilha sobre os escombros de Trípoli: imperialistas ocidentais armaram, treinaram e deram o nome de rebeldes aos mercenários de Benghazi.
É isto que explica como os protestos populares em dois dias se transformaram em levante militar, armas e soldados já estavam lá, faltava apenas a oportunidade. Nuri Mesmari, homem de confiança de Kadafi, já havia sido recrutado pelos franceses, foi ele que negociou a deserção de militares do regime. Um mês depois do início do levante, um homem da CIA, o coronel Khalifa Haftar, chegou dos EUA para comandar os rebeldes.
Quando seus rapazes de Benghazi se mostraram incapazes de derrotar o regime, a OTAN não hesitou, despachou seus caças e bombas para a Líbia. Neste momento em que caças, bombas e mercenários armados se mostram insuficientes para vencer Kadafi, o que farão os imperialistas? Dividirão ou país? Mandarão seus próprios rapazes para combater em solo?
Num contexto de crise capitalista e de explosão das dívidas dos estados imperialistas, não vai ser fácil enviar soldados oficialmente, a presença em terreno líbio deve se restringir às forças especiais. Por outro lado, os protocolos e ritos processuais da OTAN não protegerão os países imperialistas do inevitável desgaste.
Até quando a farsa da guerra humanitária vai se sustentar? Quantos caças e helicópteros cairão por “falhas mecânicas” até que se comece a questionar lorotas desse tipo? Os batalhões midiáticos vão poder sustentar as versões de seus militares por quanto tempo?
Nos últimos dias surgiu um sinal de aprofundamento da farsa da guerra, como aconteceu em outros países, as bombas imperialistas foram despejadas sobre a tv estatal líbia. Os embaixadores da liberdade de expressão da mídia comercial noticiaram como se fosse um fato qualquer. De qualquer forma, está claro que já não basta inundar os meios de comunicação com as versões dos militares da OTAN e seus patrões. Por mais rouca que seja, é preciso calar a única voz do inimigo, como ensinam os manuais da guerra imperialista.
Mas estes manuais e as empresas multinacionais só enxergam cifrões, esqueceram de estimar o tamanho da resistência do povo atacado. Pensaram que mercenários e bombas seriam suficientes para lhes garantir o domínio do petróleo líbio, erraram feio. Vão ter que refazer a conta, precisarão aumentar seus investimentos na guerra para garantir cifrões empapados de petróleo e sangue.
JC
3 comentários:
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